Portugal foi o país da OCDE que mais riqueza destruiu nos últimos três meses de 2011. Segundo o Relatório trimestral da OCDE no último trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto PIB de Portugal recuou -1,3% face aos três meses anteriores, ficando abaixo da média comunitária e da zona euro (-0,3%).
FMI diz que Portugal não tem uma estratégia de crescimento económico definida.
Desemprego em Portugal atingiu no mês de Fevereiro 15% e nos jovens 35,4% sendo o segundo maior da EU e da Zona Euro. FMI diz que o desemprego vai subir e continuará alto durante algum tempo. Em 2 meses (Janeiro e Fevereiro) o número de despedimentos coletivos mais do que duplicaram, comparativamente com meses homólogos de 2011.
Portugal, em Fevereiro de 2012 regista um declínio de 9,6% nas vendas a retalho (EU cai 1,1%). Segundo o Eurostat, Portugal é o País que regista a maior queda na EU e Zona Euro, e pelo sexto mês consecutivo.
No relatório da terceira avaliação feita pela Comissão Europeia à execução pelo governo do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro de Portugal, está escrito expressamente: “Será necessária uma forte determinação para ultrapassar os interesses instalados."
Quem percorrer todo o texto percebe que os atrasos estão concentrados nos sectores que se habituaram a deter o poder real em Portugal, merecendo especial relevo a EDP e a PT. O Governo fez o que tinha a fazer na frente financeira com cortes nos salários da Função Pública e aumento dos impostos e redução de apoios sociais para a população em geral. Fez o que facilmente podia fazer na frente económica, com a revisão da legislação laboral. Atrasou-se em todas as áreas onde é preciso enfrentar os poderes há muito instalados, habituados a ditar as regras do jogo e a retirar rendas e não lucros da proteção do ambiente de concorrência.
Quem percorrer todo o texto percebe que os atrasos estão concentrados nos sectores que se habituaram a deter o poder real em Portugal, merecendo especial relevo a EDP e a PT. O Governo fez o que tinha a fazer na frente financeira com cortes nos salários da Função Pública e aumento dos impostos e redução de apoios sociais para a população em geral. Fez o que facilmente podia fazer na frente económica, com a revisão da legislação laboral. Atrasou-se em todas as áreas onde é preciso enfrentar os poderes há muito instalados, habituados a ditar as regras do jogo e a retirar rendas e não lucros da proteção do ambiente de concorrência.
A dívida pública portuguesa aumentou 14,5 pontos percentuais (mais 23,2 mil milhões de €) em 2011, passando a representar 107,8% do Produto Interno Bruto no final desse período, contra 93,3% no final de 2010.
Mais 34% em juros. O aumento da dívida pública bem acima do esperado está também a provocar aumentos recorde na despesa do Estado com juros.
O ano passado o governo gastou 6,6 mil milhões de euros com os encargos da dívida, mais 34% que os 4,9 mil milhões de euros despendidos em 2010. Para o corrente ano, e segundo as previsões do INE incluídas no documento agora entregue a Bruxelas, Portugal deverá gastar 8,3 mil milhões de euros. No orçamento retificativo para este ano agora proposto pelo governo, preveem-se 7,3 mil milhões de euros de juros.
Além de o novo valor da dívida pública superar, e muito, as previsões de Outubro do governo, as estimativas feitas mais recentemente também são superadas pelos valores agora oficializados pelo INE. No último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a situação portuguesa, o fundo previa que Portugal fechasse as contas do ano passado com uma dívida de 107,2% do PIB, valor idêntico ao referido no último Boletim Estatístico do Banco de Portugal, de Fevereiro.
Passos Coelho e posteriormente Álvaro Santos Pereira, anunciaram o abandono do projeto do TGV e, simultaneamente anunciaram a construção, com início já em 2014, de uma linha em bitola europeia entre Sines e Badajoz, a fim de facilitar as exportações portuguesas para a Europa, pretendendo-se assim integrar a rede ferroviária portuguesa na da Europa além-Pirenéus (França). Acontece, que na bitola ferroviária além Pirenéus, os comboios circulam sobre linhas com bitola de 1,435 metros, que é 23 centímetros mais curta que a bitola ibérica, cuja distância entre carris é de 1,668 metros.
Assim, o investimento ferroviário entre Sines e Badajoz, que Passos Coelho pretende fazer (para facilitar as exportações portuguesas) não tem continuidade nos mais de 1000 quilómetros que separam Badajoz da fronteira francesa e Espanha não tem qualquer intenção ou plano calendarizado para a migração da bitola. Mais: a linha espanhola em bitola europeia entre a fronteira portuguesa e Madrid é a própria linha de alta velocidade, que está parametrizada para tráfego misto (passageiros e mercadorias), mas não para o de cargas pesadas (contentores e granéis). Significa pois que a linha de Passos Coelho Sines Badajoz não tem continuidade em Espanha e, por isso, nunca chegará onde quer que seja na Europa. O Primeiro-ministro decide e fala sobre matérias de que não sabe, não conhece, não se dando sequer, ao cuidado de as estudar ….
Assim, o investimento ferroviário entre Sines e Badajoz, que Passos Coelho pretende fazer (para facilitar as exportações portuguesas) não tem continuidade nos mais de 1000 quilómetros que separam Badajoz da fronteira francesa e Espanha não tem qualquer intenção ou plano calendarizado para a migração da bitola. Mais: a linha espanhola em bitola europeia entre a fronteira portuguesa e Madrid é a própria linha de alta velocidade, que está parametrizada para tráfego misto (passageiros e mercadorias), mas não para o de cargas pesadas (contentores e granéis). Significa pois que a linha de Passos Coelho Sines Badajoz não tem continuidade em Espanha e, por isso, nunca chegará onde quer que seja na Europa. O Primeiro-ministro decide e fala sobre matérias de que não sabe, não conhece, não se dando sequer, ao cuidado de as estudar ….
Passos Coelho perguntou, referindo-se a José Sócrates: “Como é possível manter um Governo em que o primeiro-ministro mente?” O gozo descarado que Passos Coelho nos tem dispensado pelas trombas a baixo, a propósito dos cortes dos Subsídios de férias e de natal que nos infligiu, justificam devolver a pergunta a quem a formulou e que é, agora, Primeiro-Ministro.
Perguntamos nós: “Como é possível manter um Governo em que o primeiro-ministro mente?” e acrescentaríamos … quando estão em causa eleições que quer ganhar “custe o que custar”.
Quando comunicou aos portugueses, os cortes nos subsídios de férias e de natal não previstos no memorando da Troika e contrariando tudo o que prometera antes das eleições, Passos Coelho garantiu o seguinte: “Esta redução é também ela evidentemente temporária e vigorará durante a vigência do Programa de Assistência.”
Sobre a mesma matéria e na mesma altura o seu Ministro das Finanças Vítor Gaspar, não podia ter sido mais claro: “O que eu posso dizer é que o corte no subsídio de férias e de Natal é temporário e vigorará durante o período de vigência do programa de ajustamento económico e financeiro e o período de vigência desse programa acaba em 2013”.
No mesmo dia 4 de Abril de 2012 ouvimos:
Vítor Gaspar: “o corte dos subsídios de férias e de Natal para funcionários públicos e pensionistas não será definitivo. Esta questão foi criada de forma inteiramente artificial”. http://economia.publico.pt/Noticia/vitor-gaspar-rejeita-corte-definitivo-dos-subsidios-1540730
Carlos Moedas, Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro garante que os cortes nos subsídios de Natal e de férias não são permanentes e que só vão durar até meados de 2014. http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO040624.html
Passos Coelho: “ a partir de 2015 – ano de eleições legislativas – os subsídios serão repostos, de forma gradual.
Vitor Gaspar e Carlos Moedas já vieram dizer que tiveram um lapso!
Nós percebemos o lapso. Esqueceram-se que as eleições legislativas eram em 2015 e por isso, era a altura certa para nos darem um rebuçado gradual …
Passos Coelho já demonstrou que nos mentiu descaradamente para chegar a Primeiro-ministro. Agora demonstrou-nos, que mais do que governar e zelar pelo bem-estar do seu povo, governa e zela pela sua própria reeleição como Primeiro-Ministro.
Por nós, o rebuçado graduado dos subsídios em 2015, dar-lhe-á um amargo tal na boca, que lhe enrolará a língua todinha!
E quê do Paulo Portas? Ainda anda pelo governo?
O CASPER diz que Passos Coelho deve ponderar possibilidade muito credível de em 2015, o povo já estar todo moribundo por falta de casa, pão e saúde ….
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