Primeiro andava um magote de gente a fazer um grande chavascal, porque o governo do Pedro Passos Coelho passados mais de 6 seis da sua governação, ainda não apresentou medidas de combate ao desemprego e de desenvolvimento económico, que evitem que Portugal caia numa recessão, nunca antes vista.
Agora que temos a “medida” e bem explicadinha, não querem acreditar que ouviram …. o que ouviram!
Secretário de Estado da Juventude disse – “ os jovens devem sair da sua zona de conforto e irem para fora do País”
Miguel Relvas verbalizou - “a emigração faz parte da história de Portugal”, “é um orgulho ver os portugueses que em dificuldades foram para Moçambique e agora estão a ter sucesso na construção deste País”
Pedro Passos Coelho que até é Primeiro-Ministro anunciou - “os professores excedentários que temos devem procurar emprego noutro sítio”, “Angola tem capacidade para absorver mão-de-obra portuguesa em sectores como tudo o que tem a ver com tecnologias de informação e do conhecimento, e ainda em áreas muito relacionadas com a saúde, com a educação, com área ambiental, com comunicações” e “ Em Angola e não só. O Brasil tem também uma grande necessidade ao nível do ensino básico e secundário”
Não é preciso ter-se grandes orifícios auditivos para ouvir, o que ouvimos, e muito menos, gastar neurónios para percebermos, o que ouvimos!
Temos “medida”, sim senhor!
Temos “medida” e … chama-se … EMIGRAR!
Que é como quem diz: escapulem-se daqui para fora, dêem cordinha aos penantes e larguem, zarpem borda fora, vão pregar para outro país, deixem de nos chatear com empregos, tratamentos na doença, pão para a boca …
Pedro Passos Coelho até demonstrou que o seu governo tem trabalhado. Ficamos a saber que para resolver este nosso flagelo, fizeram até prospecções de mercado e encontraram os destinos da nossa felicidade - os países lusófonos, Angola, Moçambique, Brasil …
Porquê então tanto alarido ???!!!
Será que ninguém percebe que esta “medida” é, efectivamente, uma reforma estrutural de grande profundidade ?
Com as taxas de desemprego muito acima dos 12%, com as previsões de que no próximo ano se aproximarão dos 14%, sabendo-se que os jovens licenciados são uma grande fatia … somando-lhes os professores já desempregados e os que ainda saltarão com a implosão do Ministério da Educação em 2012, não há dúvidas que pondo os “patins” a esta malta toda …. os resultados serão bons.
Diminui o desemprego. Não é bom?
Mais.
Os “patinantes” passam a mandar para os bancos portugueses o dinheiro ganho nas “patinagens estrangeiras”.
Com esta entrada de divisas vindas do estrangeiro, que é registada no PIB como receita, teríamos os bancos portugueses mais capitalizados e o PIB a aumentar pela via da receitas !!
Tanto chavascal para quê?
Por ventura estarão os “chavasqueiros” convencidos, que a saída de cérebros, de quadros e desempregados qualificados de Portugal, nos torna um povo mais pobre e menos qualificado?
Por ventura estarão convencidos, que quando um 1º Ministro que governa um País aponta a saída aos seus concidadãos, significa que não sabe como resolver os problemas e não tendo mais impostos para lhes cobrar, está convicto que não há esperança num futuro melhor para o seu povo?
Por ventura estarão convencidos, que é um enorme desperdício que o investimento feito na educação e qualificação de um povo, sirva para ser aplicado no desenvolvimento económico de um outro qualquer País?
Por ventura estarão os “chavasqueiros” convencidos, que os jovens, os qualificados e os cérebros de um País são fundamentais para reerguer a sua economia?
Por ventura estarão convencidos, que a esperança em dias melhores, faz mover montanhas?
Estão. E não é só por cá …
Além fronteiras há muito mais gente, a não entender o alcance da “medida” emigrar do governo de Pedro Passos Coelho …
Na Grécia o recém-nomeado 1º Ministro apelou aos jovens que não abandonem o seu País.
E a União Europeia, imediatamente após, o “apelo à emigração” que Pedro Passos Coelho dirigiu ao seu povo, fez questão de o contrariar …
O Comissário Europeu para os Assuntos Sociais Laszlo Andor, mostrou-se muito preocupado com a emigração de jovens europeus para outras paragens, nomeadamente Brasil, Angola e Moçambique. Laszlo não só critica a perda de um “geração inteira”, como recorda o “custo financeiro” que isso acarreta.
Confessamos que pertencemos ao grupo dos que ficaram atónicos quando ouviram o Primeiro-Ministro de Portugal apontar-nos a saída do País!
O chavasqueiral contra a "medida" emigrar, também é nosso.
O CASPER sentiu-se insultado por o mandarem vaguear no estrangeiro e está convencido que um Primeiro-Ministro que aponta a porta de saída do País aos seus concidadãos, está a reconhecer que não tem capacidades para os conduzir a bom porto, e por isso, deve ir borda fora, rapidamente.
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