Teresa Maia é a autora da
Petição Pública “Não à destruição do património histórico e cultural de Lamego”
que pretende impedir a execução do Eixo Barroco e o assassinato das Avenidas Dr.
Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira, que com a sua arquitetura
centenária, enquadramento histórico e patrimonial contituem uma parte
muito importante da identidade de Lamego.
A curiosidade é que não sendo natural de Lamego, Teresa Maia aqui residiu
alguns anos e pelas razões que invocou como fundamentos da Petição Pública
(cuja leitura se recomenda) percebe-se o quanto Lamego a “amarrou” e “marcou” definitivamente.
Teresa Maia remeteu-nos um
texto que aqui publicamos com a sua autorização expressa e em que partilha os
motivos que a conduziram até à Petição Publica “Não à destruição do
património histórico e cultural de Lamego”.
“ …. Acabei de ler o seu artigo sobre a
petição e talvez seja melhor informa-lo de que a petição foi criada unicamente
por uma autora, eu.
Como pessoa individual que sou, com cérebro e ideias próprias, criei a petição exactamente porque “Se calhar terá sido esta adjudicação, que provou aos incrédulos que a preservação do património, da história e da cultura de Lamego patenteados nas Avenidas Dr. Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira poderão mesmo ir pelo cano abaixo, ou melhor dizendo, pelos empedrulhamentos abaixo …”.
Não estou ligada a partidos nem grupos anti ou pró presidente.
Sou uma pessoa individual contra o projecto e contra a persistência do criador em o manter, independentemente se é do ps ou psd.
Fiquei realmente incrédula com a aprovação do projecto
e da falta de participação dos habitantes de Lamego, como já é usual no que
toca aos interesses da comunidade.
Não nasci em Lamego, vivi bastantes anos aí e há
vários anos que não moro mas, mantenho raízes, algumas visitas e conhecimento
dos grandes acontecimentos como este projecto.
Face realmente à impassividade da população lamecense,
ainda que de longe, teria que fazer alguma coisa para tentar impedir ou quanto
mais não seja, acordar consciências. O património em Lamego, pertence a todos
os portugueses e o dinheiro gasto no projecto sai do bolso de todos os
contribuintes.
A petição não foi criada de ânimo
leve nem com qualquer sentido político. Foi criada por dever cívico, como
cidadã e contribuinte, que continua a achar que uma coisa antiga, artística e
funcional nunca deveria ser substituída por uma banal, cara e com ares de
“novo-rico saloio”.
Não conheço o presidente da câmara, sou apartidária e
guerras (tardias ou actuais) entre partidos não é o que me move. Perde-se
demasiado tempo com floreados políticos em vez de se cingirem ao que interessa.
O que me move é a situação em si, de ver que dentro de pouco tempo, se realmente começarem as obras, tudo aquilo irá abaixo e depois...já não há nada a fazer.
O que me move é a situação em si, de ver que dentro de pouco tempo, se realmente começarem as obras, tudo aquilo irá abaixo e depois...já não há nada a fazer.
A população deveria ser
sensibilizada para conhecer o projecto e o que isso significará, tanto em
termos de gastos desnecessários como pela perda de identidade que Lamego
sofrerá e ser-lhes dado conhecimento também da existência da petição para que
possam dar a sua opinião.
E é tudo isso e só o que pretendo, como autora “a solo” da petição.
Obrigada,
Teresa Maia “
Teresa Maia fez a sua parte.
Uma parte importante, arrojada e bem demonstrativa da marca patrimonial,
histórica e cultural que Lamego impõe a quem por cá passa. É esta marca que pretendem matar !!!
Sobre os Lamecenses fica agora
a possibilidade do ónus de dizerem, o que querem.
Ou, seguem o seu exemplo,
defendem a nossa identidade, história, património e cultura e impedem
que transformem Lamego numa cidade igual a tantas outras …. empedradas, sóbrias,
sem luz e cor, sem passado ….
Ou, simplesmente …. deixam correr, permitindo que transformem um dos corações de Lamego numa coisa invertebrada e incaracteristica !
Se pensa como a Teresa Maia …….
aqui fica o endereço para que possa subscrever a Petição Pública Não à destruição do património histórico e cultural de
Lamego:
O CASPER diz que a Teresa Maia merece bem ser coroada
com o título de Lamecense de raiz e pede-lhe que regresse a Lamego e por cá fique
definitivamente.
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